terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Ostra feliz não faz pérola

Existem duas formas de se libertar: chorar e manchar a folha de papel ou escrever, desabafar ao papel teus sentimentos até se sentir segura, ao ponto de achar o seu eu.
Se libertar é tirar pensamentos ruins de sua mente. É não se sentir fraco, se todos ao seu lado insistem em te chamar de tolo. É escrever, mas escrever até os teus dedos começarem a latejar, onde a letra saia feia, mas o conteúdo de cada linha vale a pena para você. É pensar que amanhã é outro dia. É entender que quanto mais dificuldades passamos, mais crescemos e aprendemos. É não se envergonhar. Assumir. Aceitar. Recomeçar. Fazer algo bom. Marcar um encontro consigo mesmo. Se fazer feliz, rir . Fazer feliz o outro. Não existe fórmula melhor para se alegrar do que alegrar outro .
 Faça uma reflexão e veja o que tem que mudar, e, no fim, se nada der certo, é bom lembrar que 'a alma não teria nenhum arco iris, se os olhos não tivessem as lágrimas'. É o preço que se paga.


#    Jéssica Marigo + Bruno Guimarães 

domingo, 19 de dezembro de 2010

Falando um pouco de Deus.

 Quando eu penso em Deus, penso em tudo. É como se tudo que eu fizesse ou dissesse me lembrasse a Deus.
Meu tudo, minha vida. Eu poderia usar 1.000 linhas ou mais de 100 caracteres que jamais explicaria o que é Deus.  E por mais que eu conseguisse, seria pouco para agradecer o simples fato do meu respirar! É nessa hora que vejo o quanto o ser humano é ignorante e incapacitado de reconhecer como Deus é bom para todos nós. Uma vez, no auge da minha crise existencial me perguntei: Será que Deus existe? E a partir do momento em que, pisquei meus olhos, me veio rapidamente a resposta: Sim! Porque eu estou viva, por que o sol a lua e o sorriso existem. Enfim... Por que eu existo.
Penso em Deus quando acordo, e, agradeço por viver mais um dia. Não me lamento pela vida que tenho, tenho tudo que preciso e que Deus está comigo.
Estamos longe de entender Deus, eu bem sei. Deus, a causa suprema de todas as coisas e de tudo que acontece. Sei que não cai uma folha de uma árvore se ele não quiser. Deus não é um estilo de vida. Eu só vivo por que ele quer e que, se eu não tiver fé, eu não consigo mover montanhas.
Quando Deus quer, homem nenhum é capaz de dizer que não ou fazer com que não aconteça.
Eu vivo pensando em Deus, pois não conseguiria viver, pensar, falar ou até mesmo, escrever se ele não estivesse presente em mim.
E é essa presença que eu sinto que me dá forças para prosseguir, dia após dia, e é isso que me deixa firme a acreditar que sou capaz. Quando Deus quer, ele faz. 
Antes mesmo de nascer, Deus já sabe todos meus planos e antes mesmo de eu pensar, ele já tem uma idéia pronta e, o mínimo que eu posso fazer é agradecer a Deus pela minha existência e por me amar. Enfim... Deus obrigado por ser Deus!
Como criar um conceito de Deus perante as religiões? Por que brigar por terras que acreditam ser prometidas por Deus? Por que existem opiniões diferentes em relação à religião, por que ter preconceito e descriminar o outro pela sua crença, se todas as religiões pregam a palavra de Deus e mais ninguém?
Deus é amor. E enquanto não compreendermos esse amor que Deus tem por nós, o mundo, não vai evoluir e as guerras, infelizmente, não vão acabar.

-  Jéssica Marigo e Emily Assumpção.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Sentar-se à janela do avião


Era criança quando, pela primeira vez, entrei em um avião.
A ansiedade de voar era enorme.
Eu queria me sentar ao lado da janela de qualquer jeito, acompanhar o vôo desde o primeiro momento e sentir o avião correndo na pista cada vez mais rápido até a decolagem.
Ao olhar pela janela via, sem palavras, o avião rompendo as nuvens, chegando ao céu azul.
Tudo era novidade e fantasia..
Cresci, me formei, e comecei a trabalhar. No meu trabalho, desde o início, voar era uma necessidade constante.
As reuniões em outras cidades e a correria me obrigavam, às vezes, a estar em dois lugares num mesmo dia.
No início pedia sempre poltronas ao lado da janela, e, ainda com olhos de menino, fitava as nuvens, curtia a viagem, e nem me incomodava de esperar um pouco mais para sair do avião, pegar a bagagem, coisa e tal.
O tempo foi passando, a correria aumentando, e já não fazia questão de me sentar à janela, nem mesmo de ver as nuvens, o sol, as cidades abaixo, o mar ou qualquer paisagem que fosse.
Perdi o encanto. Pensava somente em chegar e sair, me acomodar rápido e sair rápido.
As poltronas do corredor agora eram exigência . Mais fáceis para sair sem ter que esperar ninguém, sempre e sempre preocupado com a hora, com o compromisso, com tudo, menos com a viagem, com a paisagem, comigo mesmo.
Por um desses maravilhosos 'acasos' do destino, estava eu louco para voltar de São Paulo numa tarde chuvosa, precisando chegar em Curitiba o mais rápido possível.
O vôo estava lotado e o único lugar disponível era uma janela, na última poltrona.
Sem pensar concordei de imediato, peguei meu bilhete e fui para o embarque.
Embarquei no avião, me acomodei na poltrona indicada: a janela.
Janela que há muito eu não via, ou melhor, pela qual já não me preocupava em olhar.
E, num rompante, assim que o avião decolou, lembrei-me da primeira vez que voara.
Senti novamente e estranhamente aquela ansiedade, aquele frio na barriga.
Olhava o avião rompendo as nuvens escuras até que, tendo passado pela chuva, apareceu o céu.
Era de um azul tão lindo como jamais tinha visto. E também o sol, que brilhava como se tivesse acabado de nascer.
Naquele instante, em que voltei a ser criança, percebi que estava deixando de viver um pouco a cada viagem em que desprezava aquela vista.
Pensei comigo mesmo: será que em relação às outras coisas da minha vida eu também não havia deixado de me sentar à janela, como, por exemplo, olhar pela janela das minhas amizades, do meu casamento, do meu trabalho e convívio pessoal?
Creio que aos poucos, e mesmo sem perceber, deixamos de olhar pela janela da nossa vida.
A vida também é uma viagem e se não nos sentarmos à janela, perdemos o que há de melhor: as paisagens, que são nossos amores, alegrias, tristezas, enfim, tudo o que nos mantém vivos.
Se viajarmos somente na poltrona do corredor, com pressa de chegar, sabe-se lá aonde, perderemos a oportunidade de apreciar as belezas que a viagem nos oferece.
Se você também está num ritmo acelerado, pedindo sempre poltronas do corredor, para embarcar e desembarcar rápido e 'ganhar tempo', pare um pouco e reflita sobre aonde você quer chegar.
A aeronave da nossa existência voa célere e a duração da viagem não é anunciada pelo comandante.
Não sabemos quanto tempo ainda nos resta.
Por essa razão, vale a pena sentar próximo da janela para não perder nenhum detalhe.
Afinal, a vida, a felicidade e a paz são caminhos e não destinos'.



                                             Alexandre Garcia.


# Ficadik ;)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Metamorfose

  Sinto borboletas quando sei que vou te ver, azuis, vermelhas, rosas, amarelas, a combinação perfeita. Um arco íris sem fim onde o sol e a chuva não são necessários para se obter isto que só surge ao te ver.
 Sinto borboletas quando te abraço, tudo se congela e a única coisa que eu sinto é seu toque em mim. Sinto borboletas quando acordo, é como não ter noite, eu conto os segundos para amanhecer e quando durmo e sonho,sonho apenas com as borboletas... Borboletas que vão de encontro a você, borboletas que sonham com seu olhar, que brincam ao te encontrar. Borboletas que abrem um sorriso ao te ver, borboletas que só querem você.
 E neste constante sonho, perco a noção do tempo, contando as horas para acordar pois no dia seguinte, sei que vou te encontrar.
Borboletas = Nome comum dos lepidópteros diurnos e posso completar, dão vida ao meu ser, me faz querer viver. E que nesses simples insetos eu vejo o quanto eu quero viver e que eu só vivo ao lado de você.
 Mas e o grande pote de ouro no final do arco íris? Quem já o encontrou? Eu digo com toda certeza, eu. Pois acordo do meu sonho, coloco os meus pés no chão, vou de encontro ao meu pote e quando ele abre o seu sorriso, pra mim, é o maior tesouro.
 Sinto borboletas quando ganho um beijo seu, o coração pára, a perna não para e seu sorriso me acalma, sinto borboletas quando sinto você, só você. Tenho a sensação de que o relógio é meu maior inimigo neste instante, o tempo passa rápido, tudo se torna rápido e a minha única vontade é a de te ver novamente.
 Sinto então que, sou uma borboleta, não aquela apaixonada, mas aquela que sofreu mudanças suficientes para se tornar madura. Aquela que aprendeu com a dor o que é o amor. Aquela que não tem medo de voar, cair e machucar. Por que sabe que de cabeça erguida rompo todos os obstáculos e que a dor passa com o tempo. Aquela que viveu a metamorfose e que viveria tudo de novo. Por que sabe que a vida é feita de mudanças e que elas nos ensinam a viver. Enfim, sou aquela borboleta que a luz me faz sorrir, o teu olhar me faz voar e teu sorriso me faz repousar.

Por ... Jéssica Marigo + Emily Assumpção.