sexta-feira, 27 de maio de 2011

Coração na mão

   Fui tentar chegar a um acordo comigo. Tentativa em vão. Mais uma vez, fui ao meu interior e não consegui me encontrar.
O que posso fazer se a razão contraria o coração? Eu não sei na verdade, quem eu sou! Não tenho vontade própria, nem domínio sobre meus pensamentos.
Quando vou dizer algo, aparento ter um nó em minhas cordas vocais que não me   deixam fazer súplicas. O que me fazia bem ontem, já não me faz hoje. Acontece comigo, um tipo de bipolaridade. To feliz, to triste, to com raiva e ao conjunto, choro. Não sei definir meus sentimentos nem organizar meus pensamentos. Afinal, a vida é tão cheia de surpresas. É como parar pra pensar e fazer um breve filme de tudo que vem acontecendo e você percebe que o tempo inteiro viveu à base de mascaras, sustentadas por idéias de que a felicidade dos outros poderiam ser a nossa. Vejo que os pilares dessa suposta construção, vem se abalando, porque agora acordei pra realidade, aquela que eu não queria enxergar, aquela que eu tanto temi que em um futuro viesse a se abalar. E com base em todas estas hipóteses eu vejo que esse tempo todo eu vivi pra você e não pra mim, sorri por você, brinquei por você e só agora choro por mim. Choro porque percebi que o tempo passou não me arrependo de nada, afinal você sempre foi você, eu que sai de mim. Prefiro não rotular o que sinto agora, acredito que quando se trata de sentimentos, não nos cabe explicação ou esclarecimentos, o próprio coração traduz.


Nada pessoal, é somente um texto. Mais um texto. Não interprete mal.


# Jéssica Marigo e Emily Assumpção. 

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